A POLÍTICA CULTURAL EXCLUDENTE

15-10-2011 08:28

 

Pois é, excludente é a política utilizada pela secretaria de cultura do Recife que paga muito bem aos artistas forasteiros e remunera mal aos artistas locais. É notório, toda a classe artística do recife e de nosso Estado, Pernambuco, sabe que a prefeitura da capital paga mal aos artistas da terra e quando paga. Pois ainda tem artistas que não receberam os cachês das festividades do réveillom 2011, de acordo com matéria divulgada no site do jornal do comércio do dia 14/10/11.

Com que autoridade uma secretaria que deveria ressaltar a cultura multicultural desta terra pode falar em promover, ampliar e disseminar a cultura de raiz da nossa querida terra. Para artistas de fora, os cachês são pagos em alguns casos, antes dos shows acontecerem. Esse governo utiliza uma política de valorização da cultura local? Será?

Nossos artistas merecem respeito, quem trabalha quer receber seu pagamento, o trabalho dignifica o homem, ou não? Será que os senhores secretários dessa “fabulosa” gestão trabalhariam meses sem receber seu magro salário? E o senhor Prefeito?, será que a autoridade máxima municipal ficaria tanto tempo sem receber seu salário, trabalhando por amor, de coração, ao povo desta Cidade?

Política publica cultural não se faz apenas descentralizando os focos de animação durante o carnaval. Esta referida política deve ser pensada estrategicamente envolvendo todos os atores sociais, de nada adianta ter um carnaval multicultural, se ao decorrer do ano o multiculturalismo, marca histórica da diversidade do povo desta terra é esquecido, mal pago e relegado a apresentações de baixa notoriedade, digamos sim aos artistas de nossa terra, se nós não valorizarmos o que nosso quem valorizará?

Primeiro temos que fazer o nosso dever de casa, para depois tentar ensinar a tarefa de propagar a nossa MULTICULTURALIDADE.

Respeito aos nossos artistas é isto que o povo da classe artística clama.

 

André Santos - Para a Revista Armazém 15.